Na angiografia ocular é administrada uma injecção endovenosa de uma substância de contraste (fluoresceína), que vai evidenciar os vasos oculares do fundo do olho. O produto de contraste emite uma fluorescência bem visível quando iluminado por uma luz azul, sendo a imagem dos vasos oculares registados numa série de fotografias. Este exame é especialmente relevante na avaliação precisa das lesões da retinopatia diabética, mas também proporciona importantes informações sobre a degenerescência macular ligada à idade, tromboses venosas e arteriais, edema do disco óptico, tumores, etc.
Este exame é indicado para diagnóstico e seguimento de doenças retinianas (diabetes, degenerescência macular ligada à idade e outras).
2 – Ecografia
Permite examinar o olho e a órbita, avaliando as suas características anatómicas, detectando alterações, diagnosticando lesões e acompanhando a sua evolução. É importante na detecção de descolamentos da retina, de hemorragias do vítreo, de tumores intra-oculares e da órbita.
Este exame é indicado para o diagnóstico de várias doenças oculares.
3 – Biometria
A biometria é uma técnica baseada no principio da reflectividade dos ultra-sons para medir o comprimento axial do olho e assim calcular a potência dióptrica das lentes intra-oculares a introduzir nos olhos operados às cataratas.
A biometria ocular determina com grande exactidão as dimensões do interior do globo ocular.
Este exame é indicado para o cálculo de potência das lentes intra-oculares para a cirurgia refractiva ou de cataratas.
4 – Topografia
Técnica de estudo de todas as alterações de curvatura ao nível da córnea, quer da sua face anterior e da posterior, permitindo o diagnóstico dos astigmatismos irregulares e das potências dióptricas ao nível de várias zonas da córnea, tornando-a também uma técnica indispensável para a cirurgia refractiva.
4 .1 – Paquimetria
Este exame é indicado para avaliação da espessura da córnea, de grande utilidade na detecção dos defeitos refractivos, na avaliação pré-cirúrgica refractiva laser (miopia, hipermetropia, astigmatismo) e no despiste de queratocone. Serve também para calcular os factores de correcção da pressão intra-ocular e assim detectar e avaliar mais precocemente o glaucoma.
5 – Retinografia
A retinografia resume-se à aquisição de uma fotografia do fundo ocular e das suas alterações, realizada com luz branca intensa. Em muitos casos é necessário dilatar a pupila para obter imagens de boa qualidade. Após a dilatação ocular há um período aproximado de seis horas de incapacidade visual, pelo que estará impossibilitado de conduzir.
6 – Campos Visuais Computorizados (Perímetria Estática Computorizada)
É um exame indolor que utiliza técnicas apuradas e precisas para estudar a sensibilidade de cada ponto retiniano. Permite detectar alterações iniciais que podem passar despercebidas ao doente.
Utilizados para o estudo das lesões da visão periférica no glaucoma, sendo de uma maior sensibilidade para as alterações iniciais no campo visual central. Permitindo um diagnóstico precoce e um seguimento rigoroso da eficácia do tratamento no doente glaucomatoso. Assim como das neuropatias ópticas, de outras doenças na retina e do sistema nervoso central adjacente às vias ópticas.
Este exame é indicado para detecção de alterações do campo visual como as que aparecem no glaucoma, doenças da retina e doenças vasculares ou tumorais.